sexta-feira, 19 de outubro de 2012

E, já agora, mostro também a capa do livro...

... "As Aventuras de Fernando Pessoa, Escritor UNIVERSAL"...

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Enquanto não retomo a minha actividade regular de blogger, que a bem dizer precisa de ser reformulada já que até agora a sua força impulsionadora era a realização da banda-desenhada aqui divulgada, realização essa entretanto chegada ao fim, quero somente aqui deixar a indicação de que os interessados poderão ler a versão final das primeiras 150 páginas por meio do índice apresentado na barra lateral deste blogue.

Seguem-se alguns exemplos das mudanças efectuadas:


^^^ Penso que esta meia.página nunca foi aqui apresentada a cores. Vale a pena ver (ou rever)o contexto em que foi apresentada. (O espisódio com Aliester Crowley acabou por tomar um rumo completamente diferente).


^^^ Aqui, a ideia inicial também era incipiente, e extremamente lacunar no aspecto biográfico.

^^^ As falas da mãe de F.P. estavam a mais, e quanto ao resto... ficou melhor, não acham?

^^^ Nesta fase fase final de correcções, penso que não houve uma única página que não foi revista e modificada.

^^^ M-p I-B-III-2-c.

^^^ M-p II-A-II-1-b.

As modificações ao nível do texto foram feitas com a inestimável ajuda da Catarina
Boa (re)leitura.

domingo, 9 de setembro de 2012

 E, porque não, mostrar a capa, e também a contracapa:

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A capa de "As Aventuras de Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa..." (o livro dentro do livro):

(De demora em demora, tudo para bem da Arte, as diversas revisões e correcções a nível do texto, do desenho e da cor lá foram atrasando a finalização do trabalho e, consequentemente, o regresso à minha actividade de blogger).
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Update - 08/09/2012:

Esqueci-me ontem de aqui referir e mostrar uma imagem que me serviu de inspiração para a concepção da capa acima apresentada. Trata-se de um desenho da autoria de H. Mourato (segundo se percebe pela assinatura)...

... e serve de ilustração para a capa do livro que reúne poemas de Agostinho da Silva "em torno de Pessoa":

segunda-feira, 25 de junho de 2012

A terceira página de "As Aventuras de Bernardo Soares, Ajudante de Guarda-livros na Cidade de Lisboa...", desta vez a cores, para compensar um pouco a demora:


Foi-me bastante difícil compreender o que Fernando Pessoa queria dizer com a expressão «de entre para lá das duas prateleiras do meu alçado», no trecho que começa «De que diabo está você a rir?», mas não há nada que uma aprofundada pesquisa visual não resolva.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

A segunda meia-página de "As Aventuras de Bernardo Soares,  Ajudante de Guarda-livros na cidade de Lisboa...", a preto e branco:

- O que Bernardo Soares faz num típico início de dia de trabalho - sair do quarto, descer oito lanços de escada até à rua, entrar na tabacaria da esquina e depois na barbearia - é por ele relatado no trecho do "Livro do Desassossego" que começa*: «estou num dia em que me pesa, como uma entrada no cárcere, a monotonia de tudo».

- O empregado da tabacaria de «sorriso parvo por cima de um casaco de mescla, sujo e desigual nos ombros» é aquele que Pessoa descreve (lembrando-o depois de ser informado do seu suicídio) no trecho que começa*: «uma das minhas preocupações constantes é o compreender como é que outra gente existe».

Para o representar decidi inspirar-me no célebre Alfred E. Neuman (o personagem-símbolo da revista Mad):

«What, me worry»?
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*: Pelo menos é assim que esses trechos começam na edição do L. do D. da responsabilidade de Teresa Sobral Cunha.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A primeira página de "As Aventuras de Bernardo Soares, Ajudante de Guarda-livros na Cidade de Lisboa...", a preto e branco...

... porque o problema com a minha intenção inicial é que, ao preservar o ineditismo das dez páginas sem palavras que compõem esta história dentro da história, sou obrigado a descurar por uns tempos este blogue, e aparentemente deixá-lo ao abandono, o que não pretendo fazer, nem depois desta banda-desenhada estar completamente acabada.

Sendo assim, optei por divulgá-la e manter apenas o ineditismo da cor (da responsabiliddade da Catarina), até à sua eventual e desejada publicação em livro.

Partilharei também alguns aspectos da sua criação:

- o trapo enrodilhado que B.S. aqui vê da sua janela é aquele que Pessoa descreve no seguinte trecho do "Livro do Desassossego", com data de 25/12/1929.

- os chinelos velhos e rotos, em particular o esquerdo, também são aí referidos.

terça-feira, 20 de março de 2012

A quinta meia-página do terceiro grupo de 5 m-p da conclusão (Z-e) ou, por outras palavras, a última das trezentas meias-páginas desta banda-desenhada...

... seguida da também última página, a nº 152:

Na realidade, apesar de esta ser de facto a última página da BD, não será, na sua forma final (de livro), a nº 152; é que antes da conclusão desta história* serão inseridas as dez páginas de um pequeno livro dentro do livro, com capa e contracapa próprias, cujo tema será o "Livro do Desassossego".

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*: Para mais detalhes sobre a sua estrutura, ver o seguinte post.
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O seu título é "As Aventuras de Bernardo Soares, ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa..." e versa um dia inteiro da vida desse «sub-heterónimo», nas palavras do próprio Pessoa.

Não penso divulgá-las aqui - prefiro preservar o seu ineditismo até à eventual e desejada publicação desta história em livro.
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^^^ : O último escrito de Fernando Pessoa.
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Nota: O céu estrelado foi ideia da colorista... Excelente ideia!

domingo, 18 de março de 2012

A quarta meia-página do terceiro grupo de 5 m-p (o último) da conclusão (Z-d):

- O título desta meia-página é a designação que Fernando Pessoa usou para assinar anonimamente um poema de 29-3-1935, anti-salazarista, que, segundo me lembro de ler, faz parte de um conjunto do mesmo género que o poeta preparava para distribuir clandestinamente:

Este senhor Salazar
É feito de sal e azar.
Se um dia chove,
A água dissolve
O sal,
E sob o céu
Fica só azar, é natural.

Oh, c'os diabos!
Parece que já choveu...


- No primeiro quadradinho, as duas primeiras estrofes de outro desses poemas, de 29-7-1935, e no terceiro, as duas últimas.

- O famoso artigo contra a lei contra a maçonaria que tanto deu que falar à época está disponível para consulta no "Arquivo Pessoa",assim como o texto em que o próprio Pessoa analisa os efeitos da sua "bomba", um «dinamite de verdade com um invólucro de raciocínio» e com um «rastilho de humorismo».

A referência aos "nacionalistas dissidentes" que causaram o "desleixe" nos serviços de censura necessário à publicação de tal «dinamite de verdade com um invólucro de raciocínio» é baseada no recente estudo de José Barreto sobre todo este caso, no seu livro "Associações Secretas e Outros Escritos":

- Muito mais haveria a comentar a propósito desta meia-página, mas agora simplesmente não posso.

sábado, 17 de março de 2012

A terceira meia-página do terceiro grupo de 5 m-p (o último) da conclusão (Z-c)...

... seguida da página nº 151...

... e da página dupla nº 150-151, do livro aberto:

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O Rossio na década de 1920:

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Agostinho da Silva, no ano de 1937:

Fernando Dacosta, no seu livro "Os Mal-Amados", transmite-nos (em parte?) o que Agostinho lhe contou sobre o seu convívio com Fernando Pessoa, conversa essa de que reproduzo aqui metade - as "confidências" de Pessoa (uma) ficam de fora, e dizem respeito a Ofélia Queirós:

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Quanto à data da morte de Fernando Pessoa, calculada astrologicamente pelo próprio, o recente livro de Paulo Cardoso, de que voltarei aqui a falar, é bastante elucidativo.

quarta-feira, 14 de março de 2012

A segunda meia-página do terceiro grupo de 5 m-p (o último) da conclusão (Z-b)...

... seguida da última m-p do grupo anterior (Y-e), corrigida:

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O signo astrológico de Fernando Pessoa foi referido nesta BD logo no fim das primeiras cinco meias-páginas, de introdução contida na introdução (as primeiras quinze m-p), como podem a seguir constatar:

quinta-feira, 1 de março de 2012

A primeira meia-página do terceiro grupo de 5 m-p (o último) da conclusão (Z-a):

domingo, 19 de fevereiro de 2012

A última meia-página do segundo grupo de 5 m-p (de 3) da conclusão (Y-e):

- Os fragmentos do ensaio "Way of the Serpent" estão disponíveis no seguinte link.

- Na página nº 395 da 1ª edição do livro "Encontro Magick" (da Hugin Editores, de 2001) é transcrita a seguinte passagem:

- "O Último Sortilégio":

«Já repeti o antigo encantamento
E a grande Deusa aos olhos se negou.
Já repeti, nas pausas do amplo vento,
As orações cuja alma é um ser fecundo.
Nada me o abismo deu ou o céu mostrou.
Só o vento volta onde estou toda e só,
E tudo dorme no confuso mundo.

«Outrora meu condão fadava as sarças
E a minha evocação do solo erguia
Presenças concentradas das que esparsas
Dormem nas formas naturais das coisas.
Outrora a minha voz acontecia.
Fadas e elfos, se eu chamasse, via,
E as folhas da floresta eram lustrosas.

«Minha varinha, com que da vontade
Falava às existências essenciais,
Já não conhece a minha realidade.
Já, se o círculo traço, não há nada.
Murmura o vento alheio extintos ais,
E ao luar que sobe além dos matagais
Não sou mais do que os bosques ou a estrada.

«Já me falece o dom com que me amavam.
Já me não torno a forma e o fim da vida
A quantos que, buscando-os, me buscavam.
Já, praia, o mar dos braços não me inunda.
Nem já me vejo ao sol saudado erguida,
Ou, em êxtase mágico perdida,
Ao luar, à boca da caverna funda.

«Já as sacras potências infernais,
Que, dormentes sem deuses nem destino,
À substância das coisas são iguais,
Não ouvem minha voz ou os nomes seus.
A música partiu-se do meu hino.
Já meu furor astral não é divino
Nem meu corpo pensado é já um Deus.

«E as longínquas deidades do atro poço,
Que tantas vezes, pálida, evoquei
Com a raiva de amar em alvoroço,
Inevocadas hoje ante mim estão.
Como, sem que as amasse, eu as chamei,
Agora, que não amo, as tenho, e sei
Que meu vendido ser consumirão.

«Tu, porém, Sol, cujo ouro me foi presa,
Tu, Lua, cuja prata converti,
Se já não podeis dar-me essa beleza
Que tantas vezes tive por querer,
Ao menos meu ser findo dividi —
Meu ser essencial se perca em si,
Só meu corpo sem mim fique alma e ser!

«Converta-me a minha última magia
Numa estátua de mim em corpo vivo!
Morra quem sou, mas quem me fiz e havia,
Anónima presença que se beija,
Carne do meu abstracto amor cativo,
Seja a morte de mim em que revivo;
E tal qual fui, não sendo nada, eu seja!»