A centésima-primeira meia-página e primeira deste ciclo (VII-3-a):
E a fachada original d' "A Brasileira" do Chiado - 1911/1912.
domingo, 31 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
sexta-feira, 22 de maio de 2009
E agora, um desenho da minha colaboradora, a Catarina Verdier, afectivamente intitulado "auto-caricatura à Edika":
A técnica é mista: aguarela, tinta preta e notem os riscos a lápiz na contra-capa do caderno e a sua representação "arte-finalizada" junto à caneta.
Mede 14,7 por 10,5 cm.
^^^ Acima, uns estudos em que a Catarina reproduziu o estilo do desenhador francês referido no título da caricatura.
Nascido no Egipto em 1940, Édouard Karali, mais conhecido como Édika, é um dos pilares da revista francesa "Fluide Glacial" desde os anos 80, a par de Binet e Goossens, e a eles se deve, segundo o que me é dado perceber, a longevidade da revista*: 34 anos!
Abaixo, a capa da segunda Fluide que eu comprei, de uma longa colecção, nesse longínquo Agosto de 1991, e onde pela primeira vez descobri a obra desse autor:
A história intitula-se "O álibi de Max":
Max é um "bebé humilhado", segundo as suas próprias palavras, mas a sua recusa em acomodar-se a tal situação leva-o a planear com afinco (como se percebe pelo equipamento que escondeu debaixo da almofada) uma emocionante fuga nocturna até à mais próxima cabine telefónica onde poderá apresentar livremente uma queixa oficial ao procurador da república...
Regressará depois a casa sem levantar suspeitas e aguardará a célere intimição do tribunal, sendo o caso uma grande surpresa para os pais que descobrem tudo na manhã seguinte, no jornal, com a agravante de não terem roupa para se apresentarem perante o juíz...
^^^ Acima, a segunda metade da primeira página onde se inicia o retrato (sequencial) dos pais da pobre criança maltratada, que acabará presa por suposta falsificação de provas, e sem álibi...
[Abaixo, um exemplo de como Édika não se coibe de encher as suas páginas, e margens, de texto:]
O conteúdo da "Fluide Glacial" foi durante muitos anos apresentado a preto e branco (e sem publicidade) até aquele fatídico mês de Agosto de 2003 em que se pôde ler na capa dessa publicação a seguinte informação: «Escandaloso! 8 páginas a cores».
Édika era o primeiro autor a publicar uma história inteiramente a cores****, de que mostro agora dois excertos:
A ideia é simples e recorrente na sua obra: estamos na praia, os "musculosos" (os "outros") é que ficam com as "gajas boas" ("elas"), e o herói (um alter-ego do autor) sente-se mal com isso.
Mas, surpresa: ele ficou de ir comprar um gelado à mulher e descobre uma máquina de "ganhar músculo", a qual, pela modesta quantia de dois euros (o preço do gelado) o habilitará também, pensa ele, a seduzir umas quantas...
Como de costume, o intento não correrá conforme planeado.
Parece-me haver aí qualquer coisa de, como hei-de dizer... crítica social, não acham?
E a fala da personagem na última vinheta? «É uma escolha corneliana mas 'tou-me a cagar para Corneille»...
Fantástico!
-----------------------
*: Desde há muitos anos à venda em Portugal, ainda hoje** ostenta na sua capa o preço de venda para o nosso rectângulozinho extremo-europeu, o que significa que apesar de parecer voar abaixo do radar da nossa crítica "especializada", deve haver alguns leitores interessados*** nesta herdeira cultural da "Mad" norte-americana dos anos 50.
**: O número mais recente que possuo data do verão de 2008.
***: Se bem que francofonamente privilegiados, portanto em vias de extinção.
****: De muitos já que a Fluide é agora toda a cores. (Mas ainda sem publicidade).
A técnica é mista: aguarela, tinta preta e notem os riscos a lápiz na contra-capa do caderno e a sua representação "arte-finalizada" junto à caneta.
Mede 14,7 por 10,5 cm.
^^^ Acima, uns estudos em que a Catarina reproduziu o estilo do desenhador francês referido no título da caricatura.
Nascido no Egipto em 1940, Édouard Karali, mais conhecido como Édika, é um dos pilares da revista francesa "Fluide Glacial" desde os anos 80, a par de Binet e Goossens, e a eles se deve, segundo o que me é dado perceber, a longevidade da revista*: 34 anos!
Abaixo, a capa da segunda Fluide que eu comprei, de uma longa colecção, nesse longínquo Agosto de 1991, e onde pela primeira vez descobri a obra desse autor:
A história intitula-se "O álibi de Max":
Max é um "bebé humilhado", segundo as suas próprias palavras, mas a sua recusa em acomodar-se a tal situação leva-o a planear com afinco (como se percebe pelo equipamento que escondeu debaixo da almofada) uma emocionante fuga nocturna até à mais próxima cabine telefónica onde poderá apresentar livremente uma queixa oficial ao procurador da república...
Regressará depois a casa sem levantar suspeitas e aguardará a célere intimição do tribunal, sendo o caso uma grande surpresa para os pais que descobrem tudo na manhã seguinte, no jornal, com a agravante de não terem roupa para se apresentarem perante o juíz...
^^^ Acima, a segunda metade da primeira página onde se inicia o retrato (sequencial) dos pais da pobre criança maltratada, que acabará presa por suposta falsificação de provas, e sem álibi...
[Abaixo, um exemplo de como Édika não se coibe de encher as suas páginas, e margens, de texto:]
O conteúdo da "Fluide Glacial" foi durante muitos anos apresentado a preto e branco (e sem publicidade) até aquele fatídico mês de Agosto de 2003 em que se pôde ler na capa dessa publicação a seguinte informação: «Escandaloso! 8 páginas a cores».
Édika era o primeiro autor a publicar uma história inteiramente a cores****, de que mostro agora dois excertos:
A ideia é simples e recorrente na sua obra: estamos na praia, os "musculosos" (os "outros") é que ficam com as "gajas boas" ("elas"), e o herói (um alter-ego do autor) sente-se mal com isso.
Mas, surpresa: ele ficou de ir comprar um gelado à mulher e descobre uma máquina de "ganhar músculo", a qual, pela modesta quantia de dois euros (o preço do gelado) o habilitará também, pensa ele, a seduzir umas quantas...
Como de costume, o intento não correrá conforme planeado.
Parece-me haver aí qualquer coisa de, como hei-de dizer... crítica social, não acham?
E a fala da personagem na última vinheta? «É uma escolha corneliana mas 'tou-me a cagar para Corneille»...
Fantástico!
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*: Desde há muitos anos à venda em Portugal, ainda hoje** ostenta na sua capa o preço de venda para o nosso rectângulozinho extremo-europeu, o que significa que apesar de parecer voar abaixo do radar da nossa crítica "especializada", deve haver alguns leitores interessados*** nesta herdeira cultural da "Mad" norte-americana dos anos 50.
**: O número mais recente que possuo data do verão de 2008.
***: Se bem que francofonamente privilegiados, portanto em vias de extinção.
****: De muitos já que a Fluide é agora toda a cores. (Mas ainda sem publicidade).
domingo, 17 de maio de 2009
A penúltima meia-página deste ciclo (VII-2-d):
No posfácio do seu livro "Poesia de Alexander Search"*, Luísa Freire não explica o sentido do nome da «principal criação juvenil de Pessoa» mas salienta a sua raíz grega.
Segundo o que descobri na internet, não é errado dizer que significa qualquer coisa como "defensor do homem".
[^^^ Acima, a m-p IV-3-c, publicada em 25/08/2008].
*: Assírio & Alvim.
No posfácio do seu livro "Poesia de Alexander Search"*, Luísa Freire não explica o sentido do nome da «principal criação juvenil de Pessoa» mas salienta a sua raíz grega.
Segundo o que descobri na internet, não é errado dizer que significa qualquer coisa como "defensor do homem".
[^^^ Acima, a m-p IV-3-c, publicada em 25/08/2008].
*: Assírio & Alvim.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
A terceira meia-página deste ciclo (VII-2-c):
E a minha ideia original (já antiga) para o aparecimento desse pré-heterónimo principal, irmão gémeo de Fernando Pessoa, a preto e branco:
... que contém dois erros "graves": o primeiro é o uso indevido de um texto pessoano importante («I was a poet...») que segundo o Richard Zenith* só terá sido escrito um ou dois anos depois de 1907 - investigação e ideação lacunar da minha parte portanto, em que a ficção (esse animal que é o poema**) tenta mais uma vez prevalecer sobre a estrutura cronológica desta biografia.
O segundo diz respeito à metáfora/símbolo que tenho utilizado desde a m-p intitulada Lorde Byron, a pena do poeta romântico, e que se imiscuiu irracionalmente no relato do "quotidiano" do herói destas aventuras, como podem constatar nas duas m-p abaixo apresentadas:
É curioso; eu cheguei a corrigir parcialmente esse erro na m-p de que passo a apresentar as duas versões...
... mas não me inteirei totalmente do problema até chegar o momento de representar o duplo poético de eleição do jovem Pessoa.
É caso para dizer que o referido animal deve andar de trela mais vezes, o que tentarei obrigá-lo a fazer a partir de agora, com efeitos reotractivos que poderão verificar mais tarde se desejarem, consultando na secção "Etiquetas" da barra lateral deste blogue os ciclos posteriores ao IV-1.
-------------------------------
*: Em "Escritos autobiográficos, automáticos e de reflexão pessoal", na p.405 - uma pequena nota ao texto que se encontra na página 18 desse volume.
**: Como nos conta o Fernando, citando Aristóteles, no texto de apresentação da sua revista, "Athena".
E a minha ideia original (já antiga) para o aparecimento desse pré-heterónimo principal, irmão gémeo de Fernando Pessoa, a preto e branco:
... que contém dois erros "graves": o primeiro é o uso indevido de um texto pessoano importante («I was a poet...») que segundo o Richard Zenith* só terá sido escrito um ou dois anos depois de 1907 - investigação e ideação lacunar da minha parte portanto, em que a ficção (esse animal que é o poema**) tenta mais uma vez prevalecer sobre a estrutura cronológica desta biografia.
O segundo diz respeito à metáfora/símbolo que tenho utilizado desde a m-p intitulada Lorde Byron, a pena do poeta romântico, e que se imiscuiu irracionalmente no relato do "quotidiano" do herói destas aventuras, como podem constatar nas duas m-p abaixo apresentadas:
É curioso; eu cheguei a corrigir parcialmente esse erro na m-p de que passo a apresentar as duas versões...
... mas não me inteirei totalmente do problema até chegar o momento de representar o duplo poético de eleição do jovem Pessoa.
É caso para dizer que o referido animal deve andar de trela mais vezes, o que tentarei obrigá-lo a fazer a partir de agora, com efeitos reotractivos que poderão verificar mais tarde se desejarem, consultando na secção "Etiquetas" da barra lateral deste blogue os ciclos posteriores ao IV-1.
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*: Em "Escritos autobiográficos, automáticos e de reflexão pessoal", na p.405 - uma pequena nota ao texto que se encontra na página 18 desse volume.
**: Como nos conta o Fernando, citando Aristóteles, no texto de apresentação da sua revista, "Athena".
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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