

E a fachada original d' "A Brasileira" do Chiado - 1911/1912.
(Blogue onde se dá a conhecer a biografia em banda-desenhada homónima do Poeta, da autoria de Miguel Moreira - cor: Catarina Verdier, e onde se tecem algumas considerações sobre: essa obra, B.D. em geral e assuntos pessoanos).


A técnica é mista: aguarela, tinta preta e notem os riscos a lápiz na contra-capa do caderno e a sua representação "arte-finalizada" junto à caneta.
^^^ Acima, uns estudos em que a Catarina reproduziu o estilo do desenhador francês referido no título da caricatura.
A história intitula-se "O álibi de Max":
Max é um "bebé humilhado", segundo as suas próprias palavras, mas a sua recusa em acomodar-se a tal situação leva-o a planear com afinco (como se percebe pelo equipamento que escondeu debaixo da almofada) uma emocionante fuga nocturna até à mais próxima cabine telefónica onde poderá apresentar livremente uma queixa oficial ao procurador da república...
^^^ Acima, a segunda metade da primeira página onde se inicia o retrato (sequencial) dos pais da pobre criança maltratada, que acabará presa por suposta falsificação de provas, e sem álibi...
O conteúdo da "Fluide Glacial" foi durante muitos anos apresentado a preto e branco (e sem publicidade) até aquele fatídico mês de Agosto de 2003 em que se pôde ler na capa dessa publicação a seguinte informação: «Escandaloso! 8 páginas a cores».
A ideia é simples e recorrente na sua obra: estamos na praia, os "musculosos" (os "outros") é que ficam com as "gajas boas" ("elas"), e o herói (um alter-ego do autor) sente-se mal com isso.
Como de costume, o intento não correrá conforme planeado.
No posfácio do seu livro "Poesia de Alexander Search"*, Luísa Freire não explica o sentido do nome da «principal criação juvenil de Pessoa» mas salienta a sua raíz grega.
[^^^ Acima, a m-p IV-3-c, publicada em 25/08/2008].
E a minha ideia original (já antiga) para o aparecimento desse pré-heterónimo principal, irmão gémeo de Fernando Pessoa, a preto e branco:
... que contém dois erros "graves": o primeiro é o uso indevido de um texto pessoano importante («I was a poet...») que segundo o Richard Zenith* só terá sido escrito um ou dois anos depois de 1907 - investigação e ideação lacunar da minha parte portanto, em que a ficção (esse animal que é o poema**) tenta mais uma vez prevalecer sobre a estrutura cronológica desta biografia. 
É curioso; eu cheguei a corrigir parcialmente esse erro na m-p de que passo a apresentar as duas versões...
... mas não me inteirei totalmente do problema até chegar o momento de representar o duplo poético de eleição do jovem Pessoa.