quinta-feira, 15 de julho de 2010

A criança distraída que vemos na imagem acima apresentada é a razão que explica a demora entre a publicação do último post neste blogue e o de hoje, a mais longa até agora.

O que inicialmente me parecera uma boa ocasião para descansar da exagerada concentração e atenção aos mínimos detalhes cronológicos necessárias à realização desta obra, como já aqui referi, regida por um conjunto de regras rígidas que não permitem muita margem de manobra para posteriores correções, acabou por se revelar igualmente difícil e desanimador, não fora a satisfação (momentânea) que advém da contemplação do trabalho realizado.

A ideia surgiu depois da primeira versão escrita desta história ter sido acabada; versão essa a que faltava, como perpicazmente mo apontou Catarina Verdier, dar relevo à figura de Mário de Sá-Carneiro. Para tal contribuiu ela com a leitura da correspondência do poeta exilado em Paris com Fernando Pessoa, anotando com cuidado os dados que seriam essenciais a uma primeira abordagem, e descobrindo e dando-me a ler o seguinte livro, de 1983:

Tomou forma a ideia quando os também já aqui referidos grupos de 5 meias-páginas (ver o índice na barra lateral) me permitiram começar a medir, literalmente, esta história, tentando ver-lhe o fim.

Mas, chegado o momento de resumir em 5 m-p a vida do Mário até ao seu primeiro encontro com o Fernando nesta BD, a tarefa revelou-se árdua, complexa e acima de tudo desencorajante: tudo menos um descanso.

Bem, de qualquer forma, já está. Deixo-vos com a primeira m-p do segundo grupo de 5, do segundo ciclo de 15, do segundo conjunto de 45 do segundo arco de 90 - (II-B-II-2-a):

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«Os apelidos, como é de ver, não são ligados; mas, como ele assim os passou a escrever, assim devem ser mantidos no seu nome», como nos diz anonimamente (à data) Fernando Pessoa na "Tábua Bibliográfica" de Sá-Carneiro publicada na "Presença" em Novembro de 1928.

4 comentários:

Teresa Verdier disse...

Obrigado

Miguel Moreira disse...

Obrigado.

margens confluentes disse...

Adoro esta página ou meia página com Sá-Carneiro. (E tudo o mais no blog!)

Miguel Moreira disse...

Obrigado Pedro. Meia-página.