
A criança distraída que vemos na imagem acima apresentada é a razão que explica a demora entre a publicação do último
post neste blogue e o de hoje, a mais longa até agora.
O que inicialmente me parecera uma boa ocasião para descansar da exagerada concentração e atenção aos mínimos detalhes cronológicos necessárias à realização desta obra, como já aqui referi, regida por um conjunto de regras rígidas que não permitem muita margem de manobra para posteriores correções, acabou por se revelar igualmente difícil e desanimador, não fora a satisfação (momentânea) que advém da contemplação do trabalho realizado.
A ideia surgiu depois da primeira versão escrita desta história ter sido acabada; versão essa a que faltava, como perpicazmente mo apontou Catarina Verdier, dar relevo à figura de Mário de Sá-Carneiro. Para tal contribuiu ela com a leitura da correspondência do poeta exilado em Paris com Fernando Pessoa, anotando com cuidado os dados que seriam essenciais a uma primeira abordagem, e descobrindo e dando-me a ler o seguinte livro, de 1983:

Tomou forma a ideia quando os também já aqui referidos
grupos de
5 meias-páginas (ver o
índice na barra lateral) me permitiram começar a medir, literalmente, esta história, tentando ver-lhe o fim.
Mas, chegado o momento de resumir em
5 m-p a vida do Mário até ao seu primeiro encontro com o Fernando nesta BD, a tarefa revelou-se árdua, complexa e acima de tudo desencorajante: tudo menos um descanso.
Bem, de qualquer forma, já está. Deixo-vos com a primeira m-p do segundo
grupo de
5, do segundo
ciclo de
15, do segundo
conjunto de
45 do segundo
arco de
90 - (
II-B-II-2-a):

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«Os apelidos, como é de ver, não são ligados; mas, como ele assim os passou a escrever, assim devem ser mantidos no seu nome», como nos diz anonimamente (à data) Fernando Pessoa na "Tábua Bibliográfica" de Sá-Carneiro publicada na "Presença" em Novembro de 1928.