Para ler em continuidade parte do trabalho final, aqui está o terceiro grupo de 5 meias-páginas do terceiro ciclo de 15 m-p do primeiro conjunto de 45 do primeiro arco de 90 - (I-A-III-3):
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Meias-páginas quarta e quinta deste ciclo (IV-3):
Dispostas numa página inteira, como ficam em livro: a página 31.
A primeira delas levou-nos a optar por retirar os riscos desenhados a preto que deveriam compôr o muro de tijolos por detrás do Fernando, mas que na realidade tornavam o desenho (e consequentemente a página) confuso e indistinto.
A solução adoptada levou-me a querer falar-vos da obra que nos tem servido de referência no que à cor da nossa banda-desenhada diz respeito: "Elektra Lives Again"* da autoria de Frank Miller (história e desenhos) e Lynn Varley (cor):
Esta banda-desenhada americana marcou-me muito quando a li na sua tradução francesa, tinha eu entre 14 e 15 anos.
Muito diferente do anterior "Batman - The Dark Night Returns"** do qual eu sofrera uma tremenda influência (adolescentemente desejada), hesitei um pouco antes de comprar este álbum, por ser uma história de super-heróis onde a personagem principal não utilizava o habitual fato de super-herói***...
À imprevisibilidade do conteúdo da história, juntava-se o "estranho" aspecto visual da obra, palco para a exuberante técnica da colorista onde o desenhador se apagava deliberadamente, criando dessa forma uma harmoniosa e surpreendente combinação entre desenho a tinta da china e cor directa****.
... Já que se fala de muros, quero acabar este post com uma página de outro autor, o françês Gotlib:
*: Editada recentemente pela BDmania, isto é, 18 anos depois da publicação original e, devo dizê-lo, com uma qualidade de reprodução inferior à da edição francesa, o que é pena.
**: Da mesma dupla, com o Klaus Janson na arte final (= tinta da china); está editado em português pela Devir.
***: Um prenúncio do que viria a ser a série de sucesso de Frank Miller - a preto e branco: "Sin City" (Devir).
****: O álbum intitulado "300" recentemente pulicado pela Norma retoma a mesma fórmula, enquanto que o "DK2 - The Dark Knight Strikes Again" (ainda não publicado em Portugal, é pena) dela nos apresenta um electrizante "upgrade", com uma Lynn Varley computadorizada aos comandos da cor.
Dispostas numa página inteira, como ficam em livro: a página 31.
A primeira delas levou-nos a optar por retirar os riscos desenhados a preto que deveriam compôr o muro de tijolos por detrás do Fernando, mas que na realidade tornavam o desenho (e consequentemente a página) confuso e indistinto.
A solução adoptada levou-me a querer falar-vos da obra que nos tem servido de referência no que à cor da nossa banda-desenhada diz respeito: "Elektra Lives Again"* da autoria de Frank Miller (história e desenhos) e Lynn Varley (cor):
Esta banda-desenhada americana marcou-me muito quando a li na sua tradução francesa, tinha eu entre 14 e 15 anos.
Muito diferente do anterior "Batman - The Dark Night Returns"** do qual eu sofrera uma tremenda influência (adolescentemente desejada), hesitei um pouco antes de comprar este álbum, por ser uma história de super-heróis onde a personagem principal não utilizava o habitual fato de super-herói***...
À imprevisibilidade do conteúdo da história, juntava-se o "estranho" aspecto visual da obra, palco para a exuberante técnica da colorista onde o desenhador se apagava deliberadamente, criando dessa forma uma harmoniosa e surpreendente combinação entre desenho a tinta da china e cor directa****.
... Já que se fala de muros, quero acabar este post com uma página de outro autor, o françês Gotlib:
*: Editada recentemente pela BDmania, isto é, 18 anos depois da publicação original e, devo dizê-lo, com uma qualidade de reprodução inferior à da edição francesa, o que é pena.
**: Da mesma dupla, com o Klaus Janson na arte final (= tinta da china); está editado em português pela Devir.
***: Um prenúncio do que viria a ser a série de sucesso de Frank Miller - a preto e branco: "Sin City" (Devir).
****: O álbum intitulado "300" recentemente pulicado pela Norma retoma a mesma fórmula, enquanto que o "DK2 - The Dark Knight Strikes Again" (ainda não publicado em Portugal, é pena) dela nos apresenta um electrizante "upgrade", com uma Lynn Varley computadorizada aos comandos da cor.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
domingo, 24 de agosto de 2008
sábado, 23 de agosto de 2008
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
A primeira meia-página do ciclo seguinte (IV-3):
(É a segunda vez que apresento o Fernando Pessoa a sonhar; a primeira vez foi na m-p intitulada "O jovem Fernando Pessoa").
(É a segunda vez que apresento o Fernando Pessoa a sonhar; a primeira vez foi na m-p intitulada "O jovem Fernando Pessoa").
sábado, 16 de agosto de 2008
Fernando Pessoa; entre génio e loucura:
Depois de editar os escritos de F.P. sobre génio e loucura em dois volumes (Edição Crítica, volume VII, Imprensa Nacional-Casa da Moeda), Jerónimo Pizarro decidiu elaborar "um retrato intelectual e artístico" do poeta que desse "ordem e significado a essa produção":
De facto, essa "biografia intelectual" é esclarecedora.
Gostava de partilhar aqui uma passagem que achei muito pertinente: «Qual a causa, qual o efeito? É o seu estado psíquico e o temor da loucura que o levam a procurar explicação nos livros, ou são os livros que o ajudam (...) a imaginar-se como um indivíduo? (...) A interpretação tradicional tem dado mais importância às crises espirituais e ao medo da loucura, que afligiram o poeta, do que às suas leituras, mas tem de dizer-se, para maior justiça, que isso se deve ao desconhecimento de que leituras fossem essas.» [Sublinhados meus, e quero lembrar-vos que, para F.P., o génio define-se essencialmente como inadaptação].
Estes três volumes têm também a particularidade de mostrar que Fernando Pessoa descobriu cedo e utilizou abundantemente "as potencialidades ficcionais de algumas patologias - da monomania à neurastenia", e mostra também que a explicação psicológica da sua heteronímia foi sendo desenvolvida ao longo dos anos, antes e depois de se dar, de facto.
Depois de editar os escritos de F.P. sobre génio e loucura em dois volumes (Edição Crítica, volume VII, Imprensa Nacional-Casa da Moeda), Jerónimo Pizarro decidiu elaborar "um retrato intelectual e artístico" do poeta que desse "ordem e significado a essa produção":
De facto, essa "biografia intelectual" é esclarecedora.
Gostava de partilhar aqui uma passagem que achei muito pertinente: «Qual a causa, qual o efeito? É o seu estado psíquico e o temor da loucura que o levam a procurar explicação nos livros, ou são os livros que o ajudam (...) a imaginar-se como um indivíduo? (...) A interpretação tradicional tem dado mais importância às crises espirituais e ao medo da loucura, que afligiram o poeta, do que às suas leituras, mas tem de dizer-se, para maior justiça, que isso se deve ao desconhecimento de que leituras fossem essas.» [Sublinhados meus, e quero lembrar-vos que, para F.P., o génio define-se essencialmente como inadaptação].
Estes três volumes têm também a particularidade de mostrar que Fernando Pessoa descobriu cedo e utilizou abundantemente "as potencialidades ficcionais de algumas patologias - da monomania à neurastenia", e mostra também que a explicação psicológica da sua heteronímia foi sendo desenvolvida ao longo dos anos, antes e depois de se dar, de facto.
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