E agora, a propósito desta quadra natalícia e do novo ano que se aproxima, uma adaptação do poema "Natal" de Fernando Pessoa (inicialmente publicado em Dezembro de 1922):
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
sábado, 8 de dezembro de 2007
A última meia-página deste ciclo de 5:
[Decidi entretanto modificar o balão do 1º quadradinho da 2º m-p ("E se..."), que diz: «A nau Catrineta», substituindo-o pelos dois versos que Álvaro de Campos cita na Ode Marítima, "Lá vai a Nau Catrineta/ Por sobre as águas do mar...". A modificação será feita antes deste ciclo narrativo completo ser apresentado com a etiqueta "Existir como eu existo".]
[Decidi entretanto modificar o balão do 1º quadradinho da 2º m-p ("E se..."), que diz: «A nau Catrineta», substituindo-o pelos dois versos que Álvaro de Campos cita na Ode Marítima, "Lá vai a Nau Catrineta/ Por sobre as águas do mar...". A modificação será feita antes deste ciclo narrativo completo ser apresentado com a etiqueta "Existir como eu existo".]
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Na meia-página que se segue, o primeiro poema de Fernando Pessoa... (segundo o próprio, depois desta quadra só fez poesia em 1901):
Quando Pessoa relata estes factos por carta, entre outros, a Armando Cortes-Rodrigues (companheiro literário da revista Orpheu), apresenta-lhe outra versão do mesmo poema, diferente do manuscrito conservado no espólio:
Ó terras de Portugal
Ó terras onde eu nasci
Por muito que goste delas
Ainda gosto mais de ti.
Esta versão, de facto, parece com mais probabilidade ter sido escrita por uma criança. A outra versão deve ter sido "melhorada", quem sabe pela própria mãe de Fernando, com o intuito de apresentar um português mais cuidado. O poema foi desta forma conservado e está-lhe ligado um pequeno acontecimento que ficou na memória da família, que apresento nas duas próximas m-p.
(Deveria eu ter sido fiel ao que provavelmente aconteceu, nesta minha reconstituição da vida do Poeta? Sim... e penso que fui, porque não me parece que Fernando sentisse necessidade de se reapropriar da "sua" versão antes de chegar à idade adulta...)
(Já agora, e por mais "Freudiano" que isto pareça, não concordo com Fernando Pessoa quando diz que escreveu esta quadra aos cinco anos... O seu pai morreu quando ele tinha essa idade; não penso que ele se preocupasse muito com as "Ó terras de Portugal/ Ó terras onde eu nasci..." nessa altura.)
Quando Pessoa relata estes factos por carta, entre outros, a Armando Cortes-Rodrigues (companheiro literário da revista Orpheu), apresenta-lhe outra versão do mesmo poema, diferente do manuscrito conservado no espólio:
Ó terras de Portugal
Ó terras onde eu nasci
Por muito que goste delas
Ainda gosto mais de ti.
Esta versão, de facto, parece com mais probabilidade ter sido escrita por uma criança. A outra versão deve ter sido "melhorada", quem sabe pela própria mãe de Fernando, com o intuito de apresentar um português mais cuidado. O poema foi desta forma conservado e está-lhe ligado um pequeno acontecimento que ficou na memória da família, que apresento nas duas próximas m-p.
(Deveria eu ter sido fiel ao que provavelmente aconteceu, nesta minha reconstituição da vida do Poeta? Sim... e penso que fui, porque não me parece que Fernando sentisse necessidade de se reapropriar da "sua" versão antes de chegar à idade adulta...)
(Já agora, e por mais "Freudiano" que isto pareça, não concordo com Fernando Pessoa quando diz que escreveu esta quadra aos cinco anos... O seu pai morreu quando ele tinha essa idade; não penso que ele se preocupasse muito com as "Ó terras de Portugal/ Ó terras onde eu nasci..." nessa altura.)
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
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