



É difícil dizer com toda a certeza que esse Martinho é o da Arcada, o café que será de facto para F.P. o local onde irá "findar a vida" já que no "Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português" se fala de outro Martinho (mas não a este propósito), no Rossio, onde inclusivemente se terão revisto as provas de "Orpheu", e Almada terá declamado o seu "Manifesto Anti-Dantas", acontecimento que eu aliás situo na Brasileira do Rossio (porque tem mais lógica no contexto desta narrativa visual e também porque me lembro vagamente de outra versão da história). Enfim, também havia um Martinho no largo Camões segundo informação contida num cartão do poeta de "Indícios de Oiro" endereçado a F.P. (entre Setembro e Outubro de 1914), portanto...
Prefiro arriscar a minha escolha, coincidente também com o corte sentimental que Sá-Carneiro decide levar a cabo, sob várias formas, até se suicidar. O caso da sua desistência da revista "Orfeu" é disso um bom exemplo. (Outro seria a sua desistência da novela "Mundo Interior" que, pelo que se percebe da corresepondência, Pessoa o terá incentivado a escrever).
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